A
CONTRIBUIÇÃO DOS ROMANOS E GREGOS PARA EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
JOSE
OSIEL COSTA
Professor-Tutor
Externo: JOÃO LOPES
Centro
Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso de Bacharelado em Teologia
(TEO 0024) – Prática Real
Jose Osiel Costa[1]
Resumo:
O
objetivo deste estudo e apresentar a preparação para a expansão do
Cristianismo, através das contribuições de Roma, Grécia e dos Judeus, cada uma
delas contribuirão de forma excelente. A contribuição de Roma foi à Política, Unificação
dos Povos, A paz Universal – Pax Romana, A importância das Cidades e o
Intercâmbio entre os vários povos. A Grécia contribuiu na Linguagem Universal e
na Filosofia Grega. As contribuições dos Judeus para o desenvolvimento do
cristianismo foi, O Monoteísmo, esperança messiânica, sistema ético, Antigo Testamento,
filosofia da história e as sinagogas. Após a investigação em livros, Revistas Teológicas,
artigos e sites, através da prática Real, foi elaborado didaticamente uma
palestra com o tema do artigo, onde foram abordados os principais itens das
contribuições de Roma,Grécia e Judeus. Este estudo prático foi desenvolvido com
pessoas de Ensino fundamental, Ensino médio e universitário, onde estiveram
presente mais de 20 pessoas. O local onde foi realizada a palestra foi, em
nossa comunidade no auditório da IEADM, endereço Rua Beija-Flor, nº 376, Bairro
Cidade de Deus. Após o termino da palestra, ficamos a disposição para as
perguntas dos participantes e comparamos com os estudos de Earle E. Caitns,
Revista História da Igreja, Ciberteologia, Claudionor de Andrade, Lohse,
Eduard, Renan, Nichols e sites.
Palavras-chave:
Cristianismo. Roma. Grécia. Judeus
INTRODUÇÃO
Este trabalho surgiu a partir de
uma experiência de prática real realizada em nossa comunidade no auditório da IEADM, endereço Rua
Beija-Flor, nº 376, Bairro Cidade de Deus, com estudantes do Ensino fundamental, Ensino médio e universitário, onde
estiveram presente mais de 20 pessoas.
Segundo Reale (2008
p.31), os romanos, como nenhum outro povo até então, desenvolveram um senso de
unidade da humanidade sob uma lei universal. Esse senso de solidariedade do
homem no Império criou um ambiente favorável à aceitação do evangelho que
proclama uma unidade da espécie humana, baseada no fato de que os homens estavam
sob a pena do pecado e que a todos era oferecida a salvação que os integra num
organismo universal, a Igreja Cristã, o corpo de Cristo. E os Gregos
contribuíram com a língua universal e a filosofia, que preparou o caminho para
a vinda do cristianismo destruindo as antigas religiões. A Metodologia deste trabalho e prática
real e, foi realizada através de palestras com pessoas interessadas em conhecer
o cristianismo, as perguntas formalizadas pelos participantes, foram do tipo,
onde foi criado o cristianismo romano? Qual foi a língua que contribuiu para a
expansão do evangelho? O que significa a
palavra Kairos e Kronos? Qual foi a data da criação do
Cristianismo? Para o entendido desse estudo através da pesquisa e, que, a
história da igreja precisa ser mais divulgada
através de palestras, seminários e congresso, porque divulgar, porque existem
pessoas leigas que ainda não conhecem o verdadeiro cristianismo Romano. Este
trabalho visa à apresentação sob uma perspectiva didática e teológica do tema
em questão, dando ênfase aos três grandes povos que contribuíram para o
Cristianismo: Romanos, Gregos e Judeus. Um fator de grande importância desse trabalho, e expandir
um leque de propostas didaticas e teológica através da pesquisa, onde, fica esclarecida
a grande importância destes povos em ajudarem na expansão do cristianismo.
2. AS CONTRIBUIÇÕES DOS ROMANOS
Para descrevermos sobre as contribuições dos romanos
e preciso conhecer um pouco deste povo, onde se localiza. Evidente que Roma
localiza-se na Península Itálica, cuja posição de destaque é no mar
mediterrâneo. Os primeiros habitantes que chegaram à Itália, por volta de 200
a.C., eram de origem indo européia. Tradicionalmente, a história da Civilização
Romana é dividida em três grandes períodos: A Realeza – da fundação da cidade
até o ano 509 a.C, A República- de 509 a.C a 27 a.C; O Império – de 27 a.C em diante.
(ROMA ANTIGA, Wikipédia, a enciclopédia livre, 2009)
Foi,
sobretudo no período imperial que vai do século 1 a.C até o século IV d. C, que
uniu o mundo antigo e criou as condições favoráveis para a aceitação do Evangelho
de Cristo. Para Cairns de forma indireta o império acabou servindo aos desígnios
de Deus:
A contribuição política
anterior à vinda de Cristo foi basicamente obra dos romanos. Esse povo,
seguidor do caminho da idolatria, dos cultos de mistérios e do culto ao
Imperador, foi usado por Deus, a quem ignoravam, para cumprir a sua vontade. Os
Romanos, como nenhum outro povo até
então, desenvolveram um senso de unidade da humanidade sob uma lei
universal. Esse senso de solidariedade do homem no império criou ambiente
favorável à aceitação do evangelho que proclamava a unidade de espécie e que a
todos era oferecida a salvação que os integra num organismo universal, a
Igreja, o corpo de Cristo. (CAIRNS, 2008 p.31),
Vejamos
o que CAIRNS (2008) nos mostra através de sua investigação, (os romanos) era um
povo idolatra que adorava vários deuses, mas, o que importa e que Deus usou o
Imperador para contribuir com o cristianismo. As suas principais contribuições
foram: Domínio Mundial de Roma; Os povos unificados; a paz universal – pax
romana; a importância das cidades; Intercâmbio entre os vários povos.
2.1
- O
Domínio Mundial de Roma.
O objetivo dos romanos era ter a supremacia sobre
toda a costa do Mediterrâneo, com a finalidade de, nos meses de inverno, ter
uma rota segura até o Egito (celeiro do império) Em vista disso conquistaram
todos os povos entre Roma e o Egito, portanto, circundaram o Mediterrâneo. Segundo
(Eduard Lohse.2000).
No nosso
entendimento através dos argumentos de (Eduardo Lohse.2000) e, que quando o
cristianismo surgiu, e durante os primeiros séculos de sua existência, os
romanos eram senhores do mundo. Assim o consideramos, não obstante haver
muitíssimas regiões fora de seu domínio, porque à parte de que governaram foi
aquela onde a civilização do mundo estava realizando os seus notáveis
progressos. Os habitantes desse império o consideravam abrangendo o mundo, pois
ignoram o que exista além das suas fronteiras. Além disso, o mundo romano
incluía todas as terras que seriam alcançadas pelo Cristianismo durante os três
primeiros séculos da era cristã. Nos anos de 50 d.c, o império abrangia a
Europa ao sul do Reno e do Danúbio, a maior parte da Inglaterra, o Egito e toda
a costa norte da áfrica, com grande parte da Ásia desde o Mediterrâneo à
Mesopotâmia.
2.2 - Unificação dos Povos.
Por muitos séculos, governos separados tinham
formado agrupamentos humanos que se sentiam diferentes e isolados de todos os
grupos; mas, com o Império Romano, os povos unificaram-se, no sentido de que
todos os governos tinham sido derrubados e um poder único dominava em toda
parte. Os Romanos, como nenhum outro povo até então, desenvolveram um sentido
da unidade da espécie sob uma lei universal. Segundo Cairns, essa unificação
foi possível graças à administração centralizada que Roma outorgava aos povos
sob seu domínio. Existiam províncias diretamente subordinadas ao senado, ao
Imperador:
A unidade política seria
a contribuição particular de Roma. A aplicação da lei romana aos cidadãos de
todo o Império era imposto diariamente a todos os cidadãos e súditos do Império
pela justiça imparcial das cortes romanas. A lei romana se originava da lei
consuetudinária da antiga monarquia. durante os primeiros anos da república, no
século V antes de cristo,essa lei foi codificada nas doze Tábuas, que eram
parte essencial na educação de todo o povo romano.(CAIRNS,2008,p.32)
2.3- Paz Universal – Pax – Romana
O momento histórico do nascimento de Jesus estava
caracterizado pela pax - romana.Por
algum tempo, Roma já vinha travando inúmeras batalhas e guerras, entretanto foi
chegada à hora em que os cidadãos e governantes estavam exaustos de tantas
guerras. Famílias eram desfeitas, soldados passavam muitos tempos nas
fronteiras era um investimento muito alto para manter um exército poderoso,
tudo isso contribuiu para um sentimento de paz entre os romanos. Essa paz
desejada por todos foi instituída por Otaviano, mais tarde Augusto.O teólogo
luterano (Eduardo Lohse. 2000) descreve esse período da seguinte forma: Durante
os domínios de Augusto, Tibério e Cláudio, imperou a paz em Roma. As guerras
entre as nações tronaram-se quase impossíveis sob a égide desse poderoso império.
Essa paz entre os povos favoreceu extraordinariamente a disseminação, entre as
nações, da religião que pretendia um domínio espiritual universal.
Como
podemos observar Roma vivia um tempo de paz e com as ausências de guerras, foi
um momento universal para Roma contribuir com a expansão do cristianismo,
todavia as guerras também influenciaram na prosperidade da nova religião. As
conquistas romanas levaram muitos povos à falta de fé em seus deuses, uma vez
que eles não foram capazes de protegê-lo dos romanos. Os romanos possuíam uma
crença especial e somente adoravam o imperador, ficando os povos conquistados
carentes espiritualmente, sendo deixados num vácuo espiritual que não era
satisfeito pelas religiões de então. Durante toda a Idade Antiga, as guerras
eram batalhas entre deuses. Até os judeus assim consideravam o seu Deus “Senhor
dos Exércitos”.
2.4 - Intercâmbios entre
os vários povos
O Intercâmbio só foi possível a outros povos devido
os grandes investimentos viários, o que levaram a Roma ter mais poder, onde
possibilitou as viagens empregando dois meios práticos. A presença militar
romana para combater os salteadores em terra firme e os piratas nos mares.
As
viagens por estradas encurtarão as missões, que eram realizadas por visto
marítimo, as pessoas se locomoviam de uma cidade para outra ou de um país para
outro muito mais rápido do que qualquer outra época anterior. Essa ligação foi
tão importante como o é a globalização atualmente. O mundo até então conhecido
estava interligado, não por fibra ótica ou via satélite, mas por estradas
romanas.
Fontana
(2012) faz a seguinte explanação sobre o que possibilitou o poder romano
através do intercâmbio com os outros povos:
A administração romana
tornou fáceis e seguras às viagens e as comunicações entre as diferentes partes
do mundo. Os piratas, que estorvavam a navegação, foram varridos dos mares, por
terra, as esplêndidas estradas romanas davam acesso a todas as partes do império.
Essas vias de comunicação eram tão policiadas que os ladrões desistiram dos
seus assaltos.
O outro
fator importante para o intercâmbio foi a Lingüística. A linguagem foi muito
importante para a expansão do Império Romano, pois permitiu que o latim se
espalhasse por toda a Europa, evoluindo para dialetos de diferentes locais.
Mudanças graduais messes dialetos deram origem ás distintas línguas modernas, como
o português, o francês, o espanhol, o italiano e o romeno.
Dentro
deste contexto religioso podemos entender como foi organizada o cristianismo
romano. A religião romana era politeísta, ou seja, acreditava em muitos deuses,
que poderiam ser domésticos e públicos.
a. Os domésticos: deuses da família, das refeições e
das almas dos antepassados;
b. Os públicos: assimilados do culto grego, dando-lhes
nomes diferentes;
Os Romanos prestavam culto nos templos e nos
altares, por meio de orações e sacrifícios, também organizavam festas com
banquetes e procissões. Eles adoravam outros deuses, por, isso eles tinham um
panteão de deuses romanos que eram conhecidos como: Netuno – deus do amor; Apolo
– deus da poesia e das artes;Cupido – deus do amor; Nerva – deusa da sabedoria;Baco
– deus do vinho e da vinha;Diana – deusa da castidade e da caça; Mercúrio
–protetor dos caminhos.
Para o nosso entendimento com o que aconteceu com o
cristianismo romano, após o nascimento de Jesus Cristo.
Segundo a história secular de Roma e a narrativa da
Bíblia Novo Testamento, quando cristo
nasceu, o imperador Romano era augusto, fundador do império. As origens do
cristianismo encontram-se nos ensinamentos de Jesus de Nazaré e tem como
princípios fundamentais o monoteísmo, crença na ressurreição do corpo e no
Juízo Final, o amor ao próximo e a igualdade entre os homens. Foi nas camadas
urbanas que encontrou mais adeptos.
Segundo Lucas, Jesus nasceu em Belém porque na
época, o imperador Augusto obrigou seus súditos a se registrar no primeiro censo
do império, dessa forma todos deveriam retornar à cidade de origem para se
alistar. Como a família de José era de Belém, ele voltou para sua cidade,
levando Maria já grávida. Jesus nasceu em Belém pouco tempo depois, numa
manjedoura. No relato de Mateus, José soube em sonho que Maria daria a luz a um
menino concebido pelo Espírito Santo. Quando Jesus nasceu, os reis magos
seguiram uma estrela que os conduziu à Belém:
E Aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de
Cesar Augusto, para que todo o mundo se alistasse.Este primeiro alistamento foi
feito sendo Cirenio presidente da Síria. E todos iam alistar-se, cada um à sua
própria cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia,
à Cidade de Davi, chamada Belém porque era da casa e família de Davi,A fim de
alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando
eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu
filho primogênito e envolveu-se em panos, e deitou numa manjedoura, porque não
havia lugar para eles na estalagem. (BIBLIA, N.T.Lucas,2:1-7)
Como religião oficial, o Cristianismo sofreu muitas
transformações, tornando-se uma poderosa instituição de um Império decadente.
Muita coisa mudou em Roma com o advento e a vitória do cristianismo. As
mudanças foram classificadas da seguinte forma: Deus era um ser único,
universal, dispensado os outros deuses. A religião passou a ter um grande
objetivo proposto à fé, a religião era nacional, destinava-se à humanidade
inteira; não era a religião doméstica, de uma família. O Sacerdócio deixou de
ser hereditário e o culto não foi mais mantido em segredo. Durante a monarquia
e a república, a religião e o estado eram uma só entidade. O Cristianismo
separou a religião do estado. O direito à propriedade foi mudado na sua
essência: a propriedade não derivou mais da religião, mas do trabalho.
3. A CONTRIBUIÇÃO DOS GREGOS PARA O CRISTIANISMO.
A Grécia e um povo que
surgiu há mais de quatro mil anos, em uma região excessivamente acidentada da
Península Balcânica passou a abrigar vários povos de descendência indo-
européia. Aqueus, eólios e jônios foram às primeiras populações a formarem
cidades autônomas que viviam do desenvolvimento da economia agrícola e do
comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo.
Embora tenha sido importante
para a preparação da vinda de Cristo, a contribuição de Roma foi ofuscada pelo
ambiente intelectual criada pela mente grega. A cidade de Roma pode ser
identificada com o ambiente político do cristianismo, mas foi Atenas que ajudou
a criar um ambiente intelectual propício à propagação do Evangelho. Os Gregos
influenciaram o Império Romano intelectualmente.
3.1 Língua Universal
A partir de um
desenvolvimento e de uma simplificação da língua ática, falada em Atenas no
tempo dos poetas trágicos e de Platão, nascera assim chamada koiné ou dialeto
comum. Era usada para todos os fins no intercâmbio popular. Quem quer que
falasse seria entendido em toda parte, especialmente nos grandes centros, onde
primeiros missionários pregaram quase sempre nessa língua, e nela foram
escritos os livros neo-testamentários conforme Wikipeia:
O grego helenístico ou koiné no grego moderno , literalmente "koiné helenístico", é a forma popular
do grego que emergiu na pós-Antiguidade
clássica (c.300 a.C – AD 300). Outros nomes associados são alexandrino, patrístico, comum, bíblico ou grego do Novo Testamento.
Os nomes originais
foram koiné, helênico e macedônio (macedônico). Desenvolveu-se a partir do dialeto ático, falando na região da Ática (onde se encontra Atenas), embora tenha
grande influência de elementos do jônico. O koiné foi o primeiro dialeto comum
supra-regional na Grécia, e chegou a servir como um língua franca no Mediterrâneo
Oriental e no antigo Oriente Próximo ao longo do período romano. Foi também a língua original do Novo Testamento da Bíblia e da Septuaginta (tradução grega das escrituras judaicas). O koiné é o principal ancestral do grego moderno.
(WIKIPEIA, 2009)
Este
dialeto popular foi à verdadeira língua do homem da rua, do estudante, do
escritor, do comerciante, do cidadão comum, um dialeto que todos podiam
entender. Esta língua foi distinguida de formas: O koiné literário e o Popular.
O evangelho
universal precisava de uma língua universal para poder exercer um impacto real sobre
o mundo. Assim como o inglês no mundo moderno e o latim no mundo medieval
erudito, o grego era a língua universal no mundo antigo. Na época em que surgiu
o Império Romano, os romanos mais cultos falavam gregos e latim.
Entretanto,
devemos considerar que o koiné era, também, um dialeto urbano. Nas aldeias da
Galiléia, o aramaico presumivelmente ainda era á língua dominante. Quando o
cristianismo, em suas formas urbanas, eventualmente penetrava nas culturas s
aldeias, os documentos gregos precisavam ser traduzidos para as línguas autóctones,
inclusive, ironicamente, o aramaico, agora um dialeto falado na região da
Síria.
Os Gregos contribuíram
com uma linguagem mais popular para a expansão do Evangelho, onde precisava de
uma língua universal para poder exercer um impacto real sobre o mundo. Os seres
humanos têm procurado, desde a torre de babel, criar uma língua universal para
que possam comunicar suas idéias uns aos outros sem problemas.
Ao surgir o
cristianismo, os povos que habitavam as regiões do Mediterrâneo tinham sido
profundamente influenciados pela cultura helênica, a qual tinha seu lugar nas
cidades do império onde se concentravam o comércio e o trânsito, possibilitando
a aquisição de riquezas e o desenvolvimento de uma vida de bem-estar.
Uma das
grandes evidências do povo grego foi à tradução dos escritos hebraicos para o
grego, a qual foi chamada a tradução de Septuaginta:
Os judeus
sempre foram muito fiéis à tradução de manter os oráculos em sua própria língua
e, por esse motivo, não permitiram que os livros sagrados fossem traduzidos
para outro idioma. Todavia, muitos anos depois, essa atitude exclusivista e
ortodoxa teria de dar lugar a um senso mais prático e liberal. (BIBLIA
APOLOGETICA.200,ICP,p.1401)
Um dos
grandes colaboradores para a expansão do evangelho foi Alexandre o Grande,
mesmo depois de morto, ele deixou um legado onde foi seguido por um dos seus
Generais há executar a tradução do livro sagrado dos judeus para o grego.
Conforme o
escritor Aresteas (2000):
A
tradução grega foi feita por 72 sábios judeus (por isso o seu nome
Septuaginta), na cidade de Alexandria, a partir do ano 285 a.C. Da seleção
desses 72 sábios seis eram de cada tribo de Israel, os quais foram enviados a
Alexandria. Os sábios judeus se isolaram em locais preparados antecipadamente e
ali traduziram o Antigo Testamento para o grego. Isso ocorreu por volta do ano
250 a.C. (BIBLIA APOLOGETICA. 2000, ICP, p.1401)
As cópias
que existem hoje estão acompanhadas de cópias em grego do Novo Testamento. Os
originais dessa versão estão perdidos. Mas suas três mais antigas e melhores
cópias estão guardadas. São elas: Alexandrino, Sinaíticus,Vaticano:
Alexandrino. Contém
o Antigo Testamento grego e quase todo o Novo Testamento, não registrado oito
capítulos de 2coríntios, cerca de quatro capítulos de João e 24 capítulos de
Mateus. Contém ainda a primeira epístola de Clemente de Roma e parte da
Segunda. Encontra-se no museu britânico. Sinaíticus.
Foi encontrado pelo sábio alemão Constantino Tischendorf, em 1844, no
mosteiro de Santa Catarina, situada na encosta do Sinai. sua data é de cerca de
325 d.C.Contém todo o antigo testamento grego, além das epistolas de Barnabé e
parte do Pastor de Hermas.Encontra-se mo Museu Britânico desde 1933. Vaticano. Contém o Antigo e o Novo Testamento
com omissões. Está na Biblioteca do vaticano. (BIBLIA APOLOGETICA. 2000, ICP,
p.1401).
3.2 Filosofia
Grega.
Tillich mostra cinco elementos fundamentais na teologia cristã, os
quais foram adotados da
filosofia grega:
1ª O conceito de transcendência: as idéias eram, para Platão, as
essências das coisas. Se as idéias e, com elas, a abstração, representam o
real, as coisas terrenas perdem seu valor;
2ª a desvalorização da existência;
3ª “a doutrina da queda da alma da eterna participação no mundo essencial
ou espiritual, sua degradação terrena num corpo físico, que procura livrar-se
da escravidão desse corpo, para finalmente elevar-se acima do mundo material”; 4ª a Providência Divina; 5ª “o divino é forma sem matéria,
perfeito em sim mesmo” (TILLICH,Paul.História
do pensamento cristão.Trad. de Jaci C.Maraschin. São Paulo: ASTE,1988)
A filosofia grega preparou o caminho para a vinda do cristianismo
por ter levado à destruição as antigas religiões. Qualquer um que chegasse a
conhecer seus princípios, fosse grego ou romano, logo perceberia que sua
disciplina intelectual tornou a religião tão ininteligível que acabava
abandonando-a em favor da filosofia. O advento da filosofia grega materialista no
século VI a. C. destruiu a fé das pessoas no velho culto politeísta, como
descrito na ilíada e na Odisséia de Homero.
Após investigarmos a historia dos gregos ficou evidente
cientificamente que o idioma universal, tornou possível levar o evangelho á
maioria das pessoas do Império numa língua comum a eles e ao pregador. Na época
a Palestina era o berço da nova religião, tinha localização estratégica nesse
mundo.
Paulo estava certo ao enfatizar que o cristianismo “não se fez em
qualquer canto” (At.26.26), porque a palestina era um importante cruzamento que
ligava os continentes da Ásia e da África com a Europa por via terrestre. Muitas
das batalhas mais importantes da história antiga foram travadas por causa da
posse dessa estratégica região, exemplos das guerras foram às cruzadas.
4.
A
CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS
Por mais importantes que as contribuições de Atenas e Roma, foram
importantes para o cristianismo, sem duvida nenhuma o seu relacionamento com o
judaísmo foi muito mais íntimo.
Segundo Nichols (1985), diz que os judeus prepararam o berço do
cristianismo, fizeram os preparativos para o seu nascimento e alimentaram-no na
sua primeira infância. A baixo estão as contribuições dos judeus para o
desenvolvimento do cristianismo.
4.1 - Monoteísmo:
O Monoteísmo judaico
apresenta algumas distinções do monoteísmo cristão. O monoteísmo judaico
preparou os povos pagãos para o cristianismo. Isso foi um atalho para a difusão
da religião cristã. Lohs (2000) faz um comentário descritivo do monoteísmo
judaico:
O judaísmo não conhece uma
dogmática desenvolvida, nem uma confissão de fé,contendo uma resumida doutrina
de Deus.Falar de Deus significa, para o judaísmo, falar de sua Lei, pela qual
se pronunciavam a vontade e o mandamento de Deus.Qualquer coisa que o judeu
experimenta na vida diária compreende-a como dom de Deus.Acontece algo bom, ele
tem razão para alegrar-se.ao comer e beber, o judeu profere uma oração de
agradecimento.Deus proclamou sua vontade pela palavra, não existe outra fonte
de revelação. Senão a palavra .Deus está muito longe dos seres humano porque é
o Santo que governa o mundo inteiro.Ele entra em contato com o mundo somente
por meio de seres intermediários, não de forma imediata a fé e a ação do judeu
piedoso, que sabe, a partir da Lei de seu Deus, o que deve fazer aqui na terra
e o que lhe será perguntado no julgamento. É tarefa do ser humano obedecer a
Deus e agir conforme sua vontade. (LOHSE,Eduard.2000,p.179)
4.2
- Sistema Ético:
Na parte moral da
lei judaica, o judaísmo também ofereceu ao mundo o mais puros sistema ético de
então. O elevado padrão proposto dos Dez Mandamentos choca-se com os sistemas
éticos prevalecentes e com práticas por demais corruptas dos sistemas morais
pelos quais se pautavam.
4.3 - Antigo Testamento:
Jesus fez constante
do Antigo Testamento para nutrir a sua própria vida e basear os seus ensinos, e,
consoante seu exemplo, as Escritura judaicas eram lidas regulamente nas
reuniões de cultos primitivos cristãos. O Antigo Testamento e composto, como
Jesus mesmo testifica (Mt. 5.17),pela Lei e os profetas.A Lei ou Tora são os
cincos livros de Moisés, ou seja, o Pentateuco.
4.4 - Filosofia da História:
A fim de captamos os
significados de uma filosofia da história vejam no que ela consiste. A
filosofia da história pode ser subdividida em duas partes: substantiva é analítica.
Conhecedores do que é essencialmente uma filosofia da história, podemos avaliar
se o Antigo Testamento conferiu uma filosofia da história para o mundo antigo
ou não:
Gerações vêm e gerações
vão, mas a terra permanece para sempre.O sol se levanta e o sol se põe, e
depressa volta ao lugar de onde se levanta.Todas as coisas trazem canseira.O
ser humano não e capaz de descrevê-las; os olhos nunca se saciam de ver, nem os
ouvidos de ouvir.O que foi tornará a ser, o que foi será feito novamente, não
há nada novo debaixo do sol.Haverá algo de que possa dizer: Veja! Isto e
novo?Não! Já existiu há muito tempo, bem antes da nossa época. Ninguém se
lembra dos que viveram na antiguidade, e aqueles que ainda virão tampouco serão
lembrados pelos que vierem depois deles (BIBLIA,A.T,Ecl. 1,4-5;8-11).
4.5
- Sinagoga:
Os judeus também
forneceram uma instituição, da qual muitos cristãos esqueceram a utilidade, no
surgimento e desenvolvimento do cristianismo primitivo. Esta instituição era a
sinagoga. Foi ela a casa de pregação do cristianismo primitivo. No tempo de
Jesus existia uma sinagoga em cada povoado de judeus.
Segundo Renan (2004)
ressalta que não se poderia compreender a disseminação do cristianismo sem as
sinagogas. Nas cidades maiores, como Jerusalém, e também Roma, Alexandria ou
Antioquia, havia várias sinagogas para rezar, o estudo da lei e o ensino às
crianças. Renan declara que as sinagogas já estavam espalhadas por toda a
região marginal do Mediterrâneo.
Conforme textos
investigado os judeus contribuirão direta e indiretamente para o
desenvolvimento do cristianismo romano.
Por
intermédio das pesquisas realizadas, e estudos de autores como CAIRNS, Earle
,2008 , Nichols, Renan e Sites. Após analisarmos este cabedal de informações, encontramos
um arcabouço de conhecimento. Depois de analisarmos as informações, elaboramos
didaticamente e teologicamente uma palestra com 52 slides abordando o tema do
estudo para o artigo. A palestra foi realizada em 22/09/2012, das 19hs as 22: 30hs.
A introdução foi realizada pelo acadêmico Jose Conceição Morais e à apresentação
do conteúdo foi executada pelo acadêmico o Sr. Jose Osiel Costa, cujo tema foi
a Contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus para a expansão do Cristianismo.Após
o termino da palestra os pesquisadores responderam as perguntas elaboradas pelo
participantes no auditório, as perguntas formalizadas pelos participantes,
foram do tipo, onde foi criado o cristianismo romano? Qual foi a língua que
contribuiu para a expansão do evangelho?
O que significa a palavra Kairos
e Kronos? Qual foi a data da criação do Cristianismo?
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste artigo foi sintetizar
os eventos que houve na preparação para a expansão do cristianismo, através das Contribuições de Romanos, onde se subdividirão em:
O Domínio Mundial de Roma, Unificação dos Povos, Paz Universal ou a Pax-Romana
e, Intercâmbios entre os vários povos. Os Gregos contribuirão para o Cristianismo
com: A língua universal que foi a partir de um desenvolvimento e, de uma
simplificação da língua ática, que era fala em Atenas, na época de Platão, onde
nasceu a língua chamada Koiné, este dialeto foi usado para fins de intercâmbios
com outros povos. Na Filosofia foram acrescentados os valores do saber para a
expansão do cristianismo. Os Judeus Contribuirão com: O Monoteísmo, o Sistema
Ético, Antigo Testamento, Filosofia da
História e com as sinagogas onde os cristão se reunião para discutir sobre o
Cristianismo. Estes foram os povos relacionados à época que contribuirão e
presenciarão os grandes acontecimentos com o surgimento do Cristianismo que,
surgiu no período Imperial que foi do século 1 a.C até o século IV d.C, que
uniu o mundo Antigo e criou as condições favoráveis para a aceitação do
Evangelho de Cristo
O esforço foi extremamente válido, pois permitiu
uma compreensão mais ampla na expansão do Cristianismo, e um grande conhecimento
histórico destes três povos, onde demonstrarão grandes participações no
desenvolvimento de uma Religião Universal e agrega valores, Sociais, Éticos e
Religiosos.
Bibliografia
BÍBLIA, Português. Bíblia Sagrada. Tradução: João Ferreira
Almeida, Santo Andre – São Paulo: Editora Geográfica 2007.
BÍBLIA, Português. Bíblia Sagrada. Tradução: João Ferreira
Almeida. 5 ed. São Paulo - SP
CAIRNS, Earl
Edwin,Tradução: Israel Belo de Azevedo,Valdemar Kroker. 2 ed. São Paulo:
Editora Vida Nova,2008
LOHSE, Eduard.São
Paulo,Paulinas,2000.p,187,
NICOLS, Robert
Hastings. História da Igreja Cristã. São Paulo, Cultura Cristã, 2004
TIILICH, Paul. História
do pensamento cristão. Trad. de Jaci C.Maraschin.São Paulo: ASTE,1988.
REVISTA, Ciberteologia. On-line. Disponível em: <http://wwwciberteologia.paulinas.org.br/>. Acesso em 5 de fev. 2000.
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em: 28 de out. de 2012
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