terça-feira, 8 de maio de 2012

PSICOLOGIA DA RELIGIÃO


 PSICOLOGIA DA RELIGIÃO

JOSE OSIEL COSTA
Professor-Tutor Externo: JOÃO LOPES
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso de Bacharelado em Teologia (TEO 0024) – Prática Real



Jose Osiel Costa[1]


Resumo:
O objetivo deste estudo e apresentar os conceitos da Conversão através da Psicologia da Religião e estabelecer a conversão religiosa através do processo que ela faz na vida de um convertido. Assim, analisaremos e faremos uma investigação através da pratica real onde foi realizada uma entrevista com pessoas que já se converteram, através de um questionário de Psicologia da Religião confeccionado por nós pesquisadores, cujo tema e “conversão religiosa”, as perguntas tiveram como base o testemunho de vida após a sua conversão. Essa pesquisa foi realizada com pessoas que chegaram à conversão através da pregação do Evangelho cuja religião e o Cristianismo. O local onde foi realizada esta entrevista, foi em nossa comunidade onde moramos, após o trabalho de coletas de dados com as pessoas, fizemos uma minuciosa analise nas respostas dos entrevistados e comparemos com os estudos de pesquisas dos autores da Psicologia da Religião, como Sartbuck, James, Leuba e Stanley Jones. Onde dedicaram-se á pesquisa e ás formas de comportamento religioso após a conversão das pessoas.
Palavras-chave: Psicologia. Religião .“Conversão”
INTRODUÇÃO
         O presente artigo tem como objetivo apresentar o que e conversão através da Psicologia da Religião. O que é Conversão segundo o Grande Dicionário Unificado da Língua Portuguesa (RIBEIRO, 2010 p.196), E um Ato ou efeito de converter (-se), Passagem de uma crença a outra. A conversão foi o tema escolhido para este artigo, uma vez que é apresentado como o acontecimento central da experiência religiosa onde existe um mix de religião em busca de um Deus para resolver a sua aflição ou o seu problema. Mas na realidade muitos ainda não conheceram este processo de transformação que e a conversão. A Psicologia como uma ciência, tem nos ajudado a entender a conversão religiosa através dos seus métodos e conceitos. A Metodologia deste trabalho e prática real, e foi realizado através de entrevistas com pessoas convertidas no cristianismo, em forma de um questionário com dez perguntas abordando as principais perguntas sobre conversão, e entendemos que existem várias formas de conversão, mas na realidade existe um só Deus que nós da à garantia de uma verdadeira conversão, a palavra conversão nós leva a entender o verdadeiro sentido de mudança espiritual através do soberano. Este trabalho visa à apresentação sob uma perspectiva psicológica e teológica do tema em questão, dando ênfase aos grandes pesquisadores da Psicologia da Religião.
O que e conversão
      Conversão e uma transformação de caráter pessoal, para uma vida espiritual renovada e saber discernir entre o que é sagrado e o que é profano. Existem três passos para uma conversão, segundo (JONES,1984,p.16) Ser convertido em uma nova direção;Tornar-se como criança em um novo espírito; Entrar no reino de Deus em uma nova esfera de vida, estes três passos dão a essência da conversão.
       Ao investigar os estudos de pesquisas, de JONES, 1984, fizemos uma reflexão para  entender o que é conversão, e digo, na nossa concepção de entendimento como pesquisador, é o ato de converter, ou seja, mudar o seu caráter doentio, exemplo. Uma pessoa que era um viciado em droga, bebidas alcoólicas e prostituição, na realidade era um grande pecador, quando se arrepende verdadeiramente, ele passa agir de forma correta, buscando sempre fazer a vontade de Deus. O que significa um principio de transformação, mudança de vida, atitude, comportamento humano e espiritual. Todavia quando isso acontece na vida de uma pessoa e, a demonstração recíproca  de uma verdadeira conversão, ou seja, aceitou Jesus em sua vida.
     Existe na Bíblia Sagrada uma passagem que demonstra através de Jesus Cristo, como acontece uma verdadeira conversão.
    Segundo o Apóstolo João, diz: o que e conversão.
“Mas , a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber; aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (BIBLIA. N.T.João, 1.12-13).

Neste texto, Jesus nos diz que o novo nascimento é, antes de tudo, não do sangue. Nós não conseguimos identificar através da hereditariedade. Os  nossos pais podem nos dar muita coisa, mas não podem dar-lhe isto que Jesus fala no evangelho de João 1.12-13. O nascer num lar cristão não o torna cristão. O homem, como pessoa, tem que decidir e entregar-se a Deus, para receber a sua transformação em  um novo homem em Cristo Jesus. A verdadeira  Conversão não vem da vontade do homem. Nenhum homem pode dar-lhe, nem profeta, nem o Papa. Ela vem diretamente de Deus ou não vem de qualquer outra parte.
Outro exemplo de conversão a luz da palavra de Deus. Jesus foi procurado por um fariseu, ou seja,  um mestre da Lei que lhe interrogou sobre conversão ou salvação e, eles tiveram um dialogo entre si que diz:
“ Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que é Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade vós digo que se, alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo; quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O Que é nascido da carne e carne; e o que nascido do Espírito é espírito” ((BIBLIA. N.T. João, 3.1-6).

Após, analise destes argumentos formalizados, através da Psicologia da Religião e da Teologia, embasado nestes  procedimentos, iniciamos a nossa entrevista com as pessoas que experimentarão a verdadeira conversão.

1.1    Conversão de um Cristão Católico – Primeira entrevista com um cristão Católico
         Ao entrevistar este homem, podemos compreender que existem varias formas de conversão. Ele disse, Sou casado, profissão mecânico, sua religião, católico Romano que faz parte do Cristianismo, a igreja que ele congrega tem como o nome Bom Jesus, foi Batizado conforme o dogma de sua igreja, crismado, e desde pequeno foi levado à igreja por seus Pais. Mas a sua verdadeira conversão aconteceu quando ele já estava casado. Foi através de sua filha, que adoeceu de pneumonia aguda, onde foi desenganada pelos médicos, a menina estava na UTI do hospital Santa Júlia, os médicos falaram que iriam corta a sua filha para fazer testes e, o Pai não permitiu que ela fosse cortada. Ele olhou para o céu e disse: “eu entrego a minha filha em tuas mãos”João creu em Deus, é ele comprou um remédio na drogaria, e medicou a sua própria filha e sua cura foi imediata, hoje ela encontra-se com 09 anos de idade, faz parte do grupo de teatro de sua igreja. Com a cura  de sua filha o senhor transformou o seu caráter, tornou-se uma pessoa mais humana e mais humilde, por que antes da cura de sua filha ele era ignorante, a transformação de sua vida foi através de examinar a palavra de Deus. A conversão deste homem foi um processo, através de sua filha que precisava de uma solução e, este homem usou a sua fé em Deus e, ele respondeu e, sua filha foi curada. (JOÃO, 2011)
1.2  Conversão de Homossexual – Segunda Entrevista de Um Cristão Evangélico.
    A entrevista de um ex- homossexual: Ele disse: “Sou casado, marceneiro, minha religião e Evangélico da denominação “Deus e Amor”, tenho 45 anos, a minha conversão aconteceu com 37”. Ele explica o que acontece na vida de travestir. As pessoas quando olha para esse tipo de pessoa dizem, e bem um filho de macumbeiro, Pai de Santo, deve ser filho de um católico ou de um espírita, digo-lhe, não tenho nada contra os católicos ou espíritas, eles tem uma mente maravilhosa.  A Homossexualidade não é uma doença, não um terceiro sexo. A Bíblia diz que Deus fez o homem e a mulher e o “macho e fêmea”, não e uma opção sexual. Se fosse algo de Deus, as pessoas que praticam estes procedimentos não sofreriam nas esquinas das ruas com palavras de baixo escalão. A Homossexualidade é demônio que opera 24 horas na vida das pessoas, esse tipo de demônio só sai quando a pessoa quer ser liberta e diz para Deus me ajude a ser convertido. ( MANOEL, 2011).

2.    TEOLOGO SANTO AGOSTINHO
     2.1 Conversão de Santo Agostinho
Dentro deste contexto religioso temos a oportunidade de fazer uma breve alusão a este caso marcante, referente á conversão religiosa de Agostinho.
O Livro as “confissões” de Santo Agostinho, apresentam um fenômeno sobrenatural de sua conversão. Agostinho foi educado no Cristianismo, pela vontade de sua mãe a tornar-se um sacerdote, mas ao completar désseis anos, ele foi enviado a Catargo, para terminar os seus estudos, nesse período ele abandonou a fé e dedicou-se ao estudo da retórica. Nessa ocasião  ele tinha curiosidade pela astrologia. Mais antes de completar os vinte anos teve uma concubina que lhe concedeu um filho a qual o seu nome era  Adeodato, nascido em 373. Agostinho partiu para Roma, onde procurou emprego como professor de retórica, mas não obteve êxito e recebeu um convite para lecionar em Milão, onde foi atraído pelos ensinos eloqüente do Bispo Ambrosio. Foi exatamente neste momento que tudo começou o seu processo de conversão. Agostinho acabou por separar-se daquela que lhe havia dado um filho, e esta, abandonou  com muita relutância e mágoa. No entanto, Agostinho teve plena percepção de que era incapaz de observar qualquer espécie de abstinência sexual. (AGOSTINHO, Confissões, IN-CM, Lisboa, 2001)

2.2  E como foi a sua conversão
         A Sua Conversão aconteceu no ano 386, quando passava várias crises em sua vida, Agostinho estava meditando num jardim sobre a sua situação espiritual, e ouviu uma voz próxima à porta que dizia: "Tome e Leia". Agostinho abriu sua Bíblia em Romanos 13.13,14 e a leitura trouxe-lhe a luz que sua alma não conseguiu encontrar nem no maniqueísmo nem no neo - platonismo. Com sua conversão à Cristo, ele despediu sua concubina e abandonou sua profissão no Império. Sua mãe, que muito orara por sua conversão, morreu logo depois do seu batismo, realizado por Ambrósio na Páscoa de 387. Uma vez batizado, regressou um ano depois para Cartago, Norte da África, onde foi ordenado sacerdote em 391. Em Tagasta, ele supervisionou e instruiu um grupo de irmãos batizados chamados de "Servos de Deus". Cinco anos depois, foi consagrado bispo de Hipona por pedido daquela congregação, onde permaneceu até sua morte. Daí até sua morte em 430 empenhou-se na administração episcopal, estudando e escrevendo. (AGOSTINHO, Confissões, IN-CM, Lisboa, 2001)
Ao Analisar interpretar a conversão de Agostinho,  podemos  entender a sua mensagem através da palavra de Deus, onde o Apóstolo Paulo, escreveu esta carta ao povo de Roma naquela época sobre conversão, o motivo pelo qual a carta foi escrita, foi por que se tratava de Amor ao próximo é o cumprimento da Lei, para ensinar o povo daquela época a converter-se  de seus maus caminhos. Agostinho  ouviu uma voz próxima à porta que dizia: "Tome e Leia". Agostinho abriu sua Bíblia em Romanos 13.13,14 e a leitura trouxe-lhe a luz que sua alma não conseguiu encontrar naquele momento de aflição. O Texto  da carta de Romano 13, dizia O seguinte:
Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti –vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”.(BILBIA,N.T. Romanos,13.13-14)

2.3 A Natureza da Conversão
Qual o significado da natureza da conversão, segundo o nosso ponto de vista e, quando o homem aprende a perdoar aqueles que lhe ofende e arrepende-se de seus pecados e passa a ser amigo de Deus. O apostolo Tiago, explica em sua carta no Capitulo 4.4 que diz: Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Para sermos amigo de Deus temos que nós arrepender-se de nossos pecados, para começarmos uma nova vida em Cristo Jesus. A bíblia nos mostra através do Apóstolo Paulo em 2 Coríntios “5.17  E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. Mas, para acontecer novas coisas em nossas vidas, precisamos  arrepender-nos verdadeiramente e não emocionalmente.
A palavra arrependimento aparece freqüentemente em Apocalipse 2 e 3 de um modo particular. Lá, o Senhor estava lidando com as obras do passado. Ele estava chamando os homens a ter um ponto de vista diferente no que se refere às suas obras passadas. Apocalipse 2:5 diz: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”.(BIBLBIA,N.T.Apocalipse 2.5). O Senhor disse isso porque eles tinham deixado o primeiro amor. Não praticavam as primeiras obras. Eles tinham de se lembrar de onde tinham caído. Isso é arrependimento. Depois disso, tinham de voltar às primeiras obras que é alguma coisa do futuro. Uma pessoa precisa se arrepender do que fez no passado. As obras no futuro são um assunto completamente diferente.
No Livro de Apocalipse no versículo 2.16 diz: “Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca”. (BIBLIA,N.T. Apocalipse 2.16)
“O versículo  de Apocalipse 2.21 diz: “Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição”. Ela cometeu fornicação, mas não considerou isso algo impróprio. O versículo 22 diz: “Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita”. Isso novamente nos mostra que eles tinham de se arrepender das obras passadas. Se não se arrependessem Deus iria lançá-los em grande tribulação”. ( JONES, 1984, p25)

Segundo JONES, Ele expressa  a natureza da conversão falando sobre a Lei da vida é a conversão.
“Todas as coisas estão sob um processo de conversão. a vida neste planeta está baseada sobre a conversão. A fotossíntese é o processo pelo qual a energia da luz solar é usada para transformar a água e o ar em alimento para o planeta. Sem essa conversão básica a vida pereceria. De maneira que, aqueles que dizem que não crêem na conversão estão realmente dizendo que não crêem na vida, pois a vida não só depende da conversão, mas é uma conversão” (JONES, 1984, p.14)

JONES comenta  sobre o processo de fé que está introduzido neste vasto universo de conversão do tipo especifico: a conversão cristã.
“Quando você consegue esse tipo de conversão, você é introduzido ao mais alto tipo de vida no céu ou na terra – o Reino de Deus. A conversão cristã é a conversão no seu sentido mais elevado. Para torná-la, precisamos examiná-la e excluir da mesma tudo que lhe foi acrescentado e vê-la como Jesus a apresentou. Já vimos que não podemos confundir conversão com proselitismo, o qual Jesus repudiou, pois o proselitismo é a mudança de um grupo para outro sem a necessária mudança de caráter e de vida. O proselitismo pode ser atingido pelo egoísmo individual ou coletivo. Jesus chamou o proselitismo de uma mudança para baixo. Vós fazeis(o prosélito) duas vezes mais filho do inferno do que vós mesmos. O unir-se à Igreja pode, e muita vez acontece resultar numa conversão cristã; ou pode resultar daí uma perversão:  o uso da igreja como um meio para os seus próprios fins, os de ganhar o reconhecimento social” (JONES, 1984, p.15)     

3. Os Frutos da Conversão
3.1- O que muda na vida de uma pessoa quando verdadeiramente ela se converte.
 Starbucks, o psicólogo, diz, depois de investigar uma centena de casos”: O efeito da conversão é trazer uma atitude modificada em direção a vida, que é bom constante e permanente, apesar dos sentimentos flutuarem. (STARBUCKS, 1899, apud JONES, 1984, p.54)

Segundo William James: “O universo, daquelas partes que se constituem do nosso ser pessoal constitui, volta-se para o pior ou para o melhor, na proporção em que cada um de nós se afasta ou cumpre os mandamentos de Deus”. (JONES, 1984, p.54).
James diz novamente: Que na conversão existe três níveis, o fruto, a transformação, mudança básica, na vida de uma pessoa.
 O primeiro fruto da conversão é o fruto é o fato de uma relação modificada com Deus. “ O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho” (AP 21.7). Ter esta relação alterada com Deus lhe dá uma relação alterada consigo próprio – com seu irmão, com a natureza, com o universo.Agora o total da realidade está atrás de você, o sustêm, o aprova, e o favorece.Você não está mais trabalhando contra o grão do universo, está trabalhando com ele. A Segunda transformação básica é a mudança de relações consigo mesmo. A terceira mudança básica é uma relação modificada com outros. (JONE, 1984, p.54)

Ao investigarmos os pensamentos de Psicólogos da Religião sobre conversão religiosa, como Starbucks, William, Jones e Leuba. E através de suas colocações psicológica religiosa, podemos verificar e, ter conhecimento referente aos assuntos relevantes à conversão, e passamos  a ter uma visão holística baseada nos livros, revistas e propriamente a Bíblia que e, o maior suporte de entendimento, para nós levar a entender uma verdadeira conversão.
Quando identificamos que uma pessoa é convertida? Pelos frutos que sua vida apresenta na presença de Deus, como diz:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (BIBLIA. N.T Gálatas 5.22)

3.2  A Conversão acontece por se só ou é um processo.                
  Segundo os grandes estudiosos como E.D. Starbuck, J.H. Leuba, nos Estados Unidos, exemplificam bem os modelos e tentativas clássicas de aproximação do primeiro tipo às vivências de um convertido. Seu principal centro de interesse estava no que o sujeito experimentava dentro de si mesmo. É’ provavelmente essa a razão pela qual estes pioneiros e muito especialmente W. James colocam o tema da experiência subjetiva do sagrado como sendo uma prioridade no estudo psicológico do comportamento religioso. (EDENIO, 1998,  p44-51)

 A conversão, para J.H. Leuba, tem íntima relação com "uma experiência emocional que renova as potências vitais de uma pessoa. Trata-se de um estado emocional que transmite resistência, ou prazer, ou sentido". Assim, a experiência do sagrado vivida no movimento da conversão tem "uma utilidade subjetiva e (essa) "é a chave de seu significado". Os pesquisadores norte-americanos, seguindo essa trilha aberta por James e Leuba, tendem até hoje a aceitar o uso de palavras do vocabulário religioso cristão (tais como, renascimento) para descrever o que se passa na "alma" do convertido. (EDENIO, 1998, p.75-85)

Ao investigarmos os estudos dos psicólogos da religião que trata sobre conversão, verificamos que realmente e um processo, pelo qual a pessoa tem um novo nascimento, o cristão passa a viver uma vida sem erros e de caráter transformado, sabe perdoar aqueles que lhe ofende, exemplo disto e o Apóstolo Paulo, quando ele disse em Gálatas 2.20, “ não sou que vivo, mais cristo vive em mim”.
William James diz:
Converter-se escreve ele regenerar-se, receber graça, sentir a religião, obter uma graça, são tantas outras expressões que denotam o processo, gradual ou repentino, por cujo intermédio um eu até então dividido, e conscientemente errado, inferior e infeliz, se torna unificado e conscientemente certo, superior e feliz, em conseqüência de seu domínio mais firme das realidades religiosas. Isto, pelo menos, é o que significa a conversão em termos gerais, quer acreditemos quer não, que se faz senhor uma operação divina direta para produzir uma mudança natural dessa ordem. (JAMES, 1995, p.126)

Para o posicionamento dos psicólogos da religião em nossa pesquisa será de suma importância, e  contribuirá  bastante em nosso artigo, para definirmos a relevância e profundidade de uma verdadeira conversão. Sabemos que ela e um processo, mas, que tipo de processo e este? Para definir as características do processo de conversão, basta analisar o cristianismo, ele tem certas características comuns. Não importa qual seja a religião do homem, sua conversão é interna e externa, onde e marcada por certos estágios bem definidos. Quase todos os autores que estudam o fenômeno da conversão religiosa reconhecem pelo menos três estágios fundamentais, o primeiro e o estágio em que se encontra a pessoa em um período de inquietação, segundo período, refere-se  à crise, financeira, familiar, ou de saúde onde o homem ver-se preso em um casulo, e quem pode libertá-lo, somente Deus pode fazer esta transformação. O terceiro estágio e o período de paz, na família, na vida financeira, saúde renovada e seus problemas solucionados.

4.    A comparação da pesquisa de James e Leuba sobre conversão, e  pesquisa de entrevista na pratica Real realizada por nós pesquisadores em Manaus.
4.1     Autores da Pesquisa, Starbuck, James e  Leuba.
Por volta de 1900, nos Estados Unidos, a Psicologia da Religião se estabelece de forma autônoma:
Por considerar a religião como “parte do mundo”, autores com Starbuck, James e Leuba dedicam-se à pesquisa e às formas de comportamento religioso como, por exemplo, a conversão.Por meio de questionário, entrevistas, Starbuck aponta a influência do estado emocional na conversão.(KARINA,2008,p.6,7).

Barbatti diz:
Em 1916, o psicólogo James Leuba realizou uma pesquisa entre 1000 físicos e biólogos norte-americanos. Ele mapeou dois pontos, primeiro se o cientista acreditava num Deus que se comunicava com os homens e que respondia a preces e, segundo, se o cientista acreditava em imortalidade pessoal. Os entrevistados foram divididos em "cientistas" e "grandes cientistas", de acordo com a designação do catálogo American Men of Science, do qual os nomes foram aleatoriamente selecionados. (BARBATTI, 2005, p.2).

Barbatti diz que, a pesquisa foi repetida por Leuba em 1933 entre os "grandes cientistas" e depois novamente repetida por Larson e Witham em 1996 e 1998. Nesta última, foram considerados "grande cientistas" os cientistas pertencentes à National Academy of Science. O resultado verificado e analisado holisticamente é que os percentuais de crença, descrença e dúvida sobre a existência de um deus pessoal praticamente não se alteraram entre os cientistas norte-americanos num período de 80 anos. Cerca de 40% acreditavam num deus pessoal em 1916, e isto permanece verdadeiro em 1996. (BARBATTI,2005,p.3)

Por intermédio das pesquisas realizada, analisemos é verificamos que a pesquisa de 1916 e seu percentuais para a questão sobre Deus são curiosamente distintos daqueles sobre imortalidade. Supondo que a pesquisa é correta, ela mostra um cenário onde 10% dos cientistas não acreditam em um Deus pessoal, mas acreditam na sua própria imortalidade. Enquanto que entre os cientistas em geral os resultados não mostram diferenças qualitativas ao longo dos anos, entre os "grandes cientistas", os resultados são completamente distintos: o número de crentes em Deus pessoal e imortalidade caíram pela metade entre 1916 e 1933, e depois voltou a cair pela metade novamente entre 1933 e 1998. Se o questionário de Leuba fosse estendido para avaliar tanto a crença num Deus pessoal quanto num Deus- harmonioso, talvez o número de crentes entre os cientista Norte –Amaricanos, subiria para uma proporção maior. O que este estudo de psicologia nos mostra é  entre os grandes cientistas, de 1918 a 1998, tanto a crença em um Deus pessoal quanto na imortalidade pessoal, decresceram bastante.

A pós  estudos e investigação referente á pesquisa desses grandes psicólogo da Religião, como Leuba, Starbuck, verificamos que este trabalho de pesquisa foi importante para aquela época, a qual os entrevistados  eram  pessoas  graduadas, pós-graduados, cientistas e outros que tinham conhecimento científicos elevados, pouco importavam  por uma verdadeira conversão, o que eles reponde-se seria o satisfatório para a sua vida, portando muitos optaram pela imortalidade pessoal e outros em crer em um Deus Soberano, portanto, não crer em Deus e nem em imortalidade pessoal, ser mais sábio e esclarecido, ou seja, ser, grande cientista, é ser menos religioso, isso foi o que os dados dizem. Após Analisar este assunto, a luz da palavra de Deus, tirei as minhas conclusões.
Em nossa pesquisa, entrevistamos pessoas que acreditaram em Deus no momento de sua angústia, já tinham se esgotado todos os seus recursos, não sabiam mais o que fazer, viviam na prostituição, bebedice, usavam drogas, mas, no momento que eles se arrependeram, o Senhor Deus purificou de todos os seus pecados e deu-lhe uma nova vida, como esta escrito no Evangelho de João 10.10 “ o Ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
Quando um pecador se converte verdadeiramente, ele ganha os seus benefícios que são: Ser Filho de Deus – Antes éramos apenas criaturas de Deus, agora somos seus filhos por adoção. (Jo. 01h12min), Somos Conhecidos como amigo de Deus – Antes éramos alguém que apenas conhecíamos alguns aspectos da vida de Cristo.”Já não vós chamareis de servos mais sim de amigos.(Jo.15.15).
Quando sou convertido verdadeiramente, existem os reflexos da nova vida na sociedade, que são, “Pensamentos mudados, de conformidade com a vontade de Deus.(Cl.3.10;Fp.4.7). O seu andar já não é mais o mesmo quando viviam totalmente no pecado, o seu andar agora e de uma nova criatura. Os seus passos são assim, Andar em novidade de vida (Rm.6.4),Andar em amor (Rm.13.13),Andar honestamente(Ef 5.15), Andar com sabedoria(Cl.4.5).
Conclusão
Concluímos que os estudos de pesquisas dos autores da Psicologia da Religião, como Sartbuck, James, Leuba e Stanley Jones, foram essencialmente importantes para o nosso estudo de pesquisa o qual gerou uma gama de informações para redigir o nosso artigo, cujo nome e “ conversão religiosa”, e descobrimos que esta palavra tem um significado, forte na vida daqueles que crê em um Deus soberano, mas, aprendemos que ser convertido não precisa esta em uma religião, é acreditar que existem deuses em varias religiões, como também imortalidade, o que importa e você ser livre para escolher, qual o tipo de conversão que você deve seguir.
Bibliografia
AGOSTINHO, Confissões , Lisboa, 2001
DERMIVAL, Ribeiros Rios, Grande Dicionário unificado da língua portuguesa, São Paulo: 2010.
JONES, Stanley. Conversãos. São Paulo,1984,Ed.Imprensa Metodista.
JAMES,William, As variedades da experiência religiosas, São Paulo, Editora Cultrix,1995
VALLE, Edenio. Psicologia e experiência religiosa, São Paulo, Editora Loyola, Paulo, 1998


[1] Jose Osiel Costa acadêmico do curso de bacharelado em teologia do Centro Universitário Leonardo da Vinci


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